Bom dia, boa tarde, boa noite, queridas e queridos!

Diz uma coisa: você tem vontade de conhecer o Canadá, já pesquisou bastante sobre o lugar, mas ainda acha que precisa ouvir as impressões de alguém daqui que fez intercâmbio pra lá?

SEUS PROBLEMAS ACABARAM!

Este texto foi feito para você ;)

Quer dizer... se você não se encaixa no perfil, tudo bem. A gente dá uma colher de chá e deixa você continuar lendo do mesmo jeito.

Hoje nosso papo é com a Luciana Camargo, integrante da equipe da Work&Trip, que viajou para Toronto, no Canadá, em um intercâmbio de dois meses.

Segundo ela, o principal diferencial do povo canadense é a educação e a cordialidade. “Eu estou apaixonada por eles. Tudo que falam [sobre a educação] é verdade. São extremamente educados, ajudam com tudo, pedem desculpa a toda hora. Eles são incríveis”, afirma.

Chegada e primeiras impressões

Logo que aterrissou no país, Luciana já começou a perceber as diferenças. “Quando peguei Uber para ir para minha casa, vi que as pessoas ajudam em tudo que você precisa. A cidade também é muito bem sinalizada e o metrô, super fácil de pegar”, conta.

A questão da honestidade, inclusive, é algo visto em todos os locais, desde bibliotecas, mercados ou até no metrô, por exemplo. “Aqui ou você compra um cartão para utilizar o mês inteiro ou paga com dinheiro. Mas não tem cobrador! Existe uma caixinha que você coloca o dólar e passa para o outro lado do metrô. E é aberto, você pode passar direto. Mas aqui fazem fila para pagar. Achei isso incrível!”, diz.

Educação

Nos parques, não se encontra lixo no chão. E é costume de ver muitas famílias aproveitando dia, fazendo piquenique e andando de bicicleta. Agora nadar nos lagos talvez não seja uma tarefa fácil. “Faz frio 6 meses do ano, mas a época que peguei fez apenas calor. E também venta bastante, e isso ajuda. Mas a água dos lagos é muito gelada. Não consigo nadar lá. Porém, os canadenses acham super quentinha e adoram”, afirma.

Regras

Por lá, também há rigidez com o controle de bebidas alcóolicas. As pessoas não podem beber na praia, em parques ou nas ruas. Apenas nas casas, bares (do lado de dentro) e baladas. “Não se encontra bebidas alcóolicas nos supermercados, existem lojas específicas para isso. E as baladas começam cedo, por volta de 20h, e terminam entre 2h e 3h. Bem diferente do Brasil”, ressalta.

Mas se engana quem pensa que, por conta disso, o país é “cabeça dura”. No Canadá, a maconha foi legalizada. E as pessoas podem cultivar até 4 plantas em sua própria casa.

Estudos

Na escola, há contato com gente do mundo todo (inclusive brasileiros). Mas nada de falar português: existe uma regra que dentro da escola o inglês é língua oficial e obrigatória. “Encontramos pessoas do mundo todo. Japão, Turquia, México, Alemanha, China. E os professores são extremamente pacientes e divertidos, tornando a aula mais leve. A escola é incrível, limpa, aconchegante e perto de tudo, no centro da cidade”, diz.

Adaptação

A família e as amizades que fez ajudaram na adaptação. “Não tive nenhuma dificuldade. Pelo contrário, acho que descobri que sou muito fácil para me adaptar em qualquer ambiente. Fiquei na casa de um casal super jovem, então nos damos muito bem. Chego de madrugada e eles deixam a luz do meu quarto acesa, com um copo de leite na cabeceira. A casa é muito limpa e eles fazem eu me sentir como se fosse meu lar mesmo. Sempre saímos para comer ou pedimos comida. No próximo mês ainda vamos acampar na floresta!”, conta, animada.

Saudade

Sobre a saudade dos amigos e família, nada como a boa tecnologia para ajudar. “Eles seguem presentes no meu dia a dia. Converso com amigos e família praticamente todos os dias. Às vezes vejo algo que me lembra algum deles e isso também ajuda”, afirma.

O problema maior é a saudade de comer feijão. “Aqui não tem e os enlatados são horríveis!”, brinca.

Conselho

Luciana ainda deixa um conselho para quem pretende planejar seu intercâmbio. “Fique pelo menos dois meses, porque tem muita coisa para fazer. São muitos jogos, shows, bares, comidas e pessoas para conhecer. E você tem que vir com a cabeça aberta porque é tudo muito diferente do Brasil”, admite.

E o encanto pelo lugar foi tão grande que, sem pestanejar, já conta a data de retorno. “Volto no inverno para ver a neve!”, diz.

O Canadá também espera a sua volta, Luciana :D

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